quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A proteína é tudo isso?


Lá vai a dieta dos ovos, barras e suplementos protéicos, peito de peru, atum e carnes para ganhar massa muscular. Seria essa a “fórmula mágica” para hipertrofia e ganho de força?

A proteína alimentar é realmente importante, mas não é 100%. Comer proteína em excesso não faz aumentar a síntese protéica como muitos sonham, essa questão vai mais além.

Para esses fins, é indicado a quantidade média de 1,4 a 2,0 g de proteína/Kg de peso, enquanto para a população geral recomenda-se entre 0,8 a 1,0 g de proteína/Kg de peso. Entretanto essas dietas composta por alimentos ricos em proteínas geralmente ultrapassam esses limites e o excesso, diferente dos demais macronutrientes, não é armazenada em nosso organismo, mas excretada pela urina. O excesso exigirá um trabalho maior do seu sistema renal e seu dinheiro e sacrifício vão embora junto com eles.

Vale lembrar também que ao aumentar o consumo desses alimentos aumenta-se também o consumo de gordura, pois as proteínas de alto valor biológico (aquelas que são melhores absorvidas) são de origem animal e trazem consigo as gorduras naturais desses alimentos. Aos industrializados é válido as versões light ou, no caso de leites, a versão desnatada. O preparo desses alimentos é importante para não aumentar os níveis de gordura do alimento, mas grelhar ou cozinhar os alimentos não reduz essa gordura natural.

Alimentos protéicos de origem vegetal, como as leguminosas, são classificados como proteínas de baixo valor biológico, pois o nutriente contido nesses não é totalmente absorvido pelo nosso organismo, porém ainda assim ajudam a alcançar os níveis ótimos de proteínas diárias.

Suplementos alimentares, como o próprio nome já diz, é utilizado para SUPLEMENTAR, é um COMPLEMENTO para pessoas que não conseguem atingir esses níveis pela alimentação normal, fato raro em desportistas.

Algumas pessoas, porém, relatam maior resultado com a utilização de suplementos: obviamente existe o fator psicológico motivacional, a ansiedade do investimento financeiro valer a pena interfere numa maior adesão aos treinos e a dieta, além da facilidade do preparo.

Cuidado também com suplementos importados: alguns escondem a fórmula original (podendo conter esteróides anabólicos em sua composição, o que é extremamente arriscado a sua saúde).

Mas não se esqueça que, embora a presença desse nutriente seja importante, o carboidrato ainda é a principal fonte de energia e as gorduras são fundamentais para a manutenção da saúde, mas sempre com moderação.

Para saber a quantidade exata de proteínas necessárias para você, é de extrema importância consultar um nutricionista.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Índice Glicêmico e Atividade Física

Para falar um pouco sobre o Índice Glicêmico dos Alimentos, convidamos a Nutricionista Mariane Takesian a postar uma matéria para esclarecer o assunto e explicar um pouco a importância dos alimentos de alto e baixo índice glicêmico para praticantes de atividade física.


Índice Glicêmico e Atividade Física

Durante a prática da atividade física, há uma diminuição do glicogênio muscular, principal fonte energética para o músculo em atividade. Com esta diminuição, nosso organismo passa a utilizar a glicose sanguínea e hepática como fonte energética, glicose esta proveniente dos carboidratos da dieta.

Para o Nutricionista o desafio é manter esse fornecimento de glicose durante a atividade física, para que o atleta não perca o rendimento e consiga alcançar seus objetivos. Atualmente, não indicamos apenas que o atleta se alimente e se hidrate adequadamente antes e após da atividade, pensamos também na qualidade do carboidrato que será consumido. É onde entramos na questão do Índice Glicêmico.

O Índice glicêmico é a diferente resposta dada pelo nosso organismo aos alimentos ingeridos. Alimentos de Alto Índice Glicêmico fornecem uma rápida absorção do carboidrato, ocasionando um rápido alumento da glicose sanguínea. Alimentos de Baixo Índice Glicêmico fornecem uma liberação lenta e gradual de glicose na corrente sanguínea, assim como os
Alimentos de Médio Índice Glicêmico.

ALTO ÍNDICE GLICÊMICO
Produtos refinados como o açúcar, pão branco, farinha branca, arroz branco, doces e repositores energéticos.

MÉDIO E BAIXO ÍNDICE GLICÊMICO
Vegetais, frutas e legumes, alimentos integrais.

Na pratica da atividade física, estudos comprovam que o consumo de alimentos de baixo índice glicêmico algumas horas antes da atividade física mantêm o fornecimento de energia para o indivíduo mais constante no momento da realização da atividade. Já os alimentos de alto índice glicêmico devem ser administrados durante e após a atividade física, a fim de manter o rendimento e repor o glicogênio muscular.

Acreditamos que esta estratégia nutricional juntamente com o acompanhamento do educador físico e a cooperação do praticante de atividade física, possam trazer benefícios no rendimento do atleta, além de fornecer qualidade física na pratica do esporte.